Câmara Municipal de Grândola

Description level
Fonds Fonds
Reference code
PT/ADSTB/ALL/CMGDL
Title type
Atribuído
Date range
1945 Date is certain to 1951 Date is certain
Dimension and support
1 liv.; papel
Biography or history
As Câmaras Municipais são órgãos eletivos colegiais, atualmente por quadriénio. A sua missão foi evoluindo ao longo dos tempos, atualmente, tem como objetivo prover o bem estar das populações, abrangendo áreas diversas que vão desde o apoio social ao desenvolvimento de infraestruturas físicas como a rede viária, o abastecimento de água e saneamento e iluminação pública.



Integrada na Ordem Militar de Santiago, Grândola foi uma comenda normalmente organizada, com uma população distribuída por vários núcleos, a ocupar quase toda a extensão territorial.

Embora ainda não se conheçam muitas referências medievais para a população de Grândola, sabemos que, em 1492, a aldeia de Grândola teria à volta de 135 pessoas e a comenda, no seu conjunto, 810 habitantes distribuídos por cerca de 180 fogos. Em 1527, conforme se pode verificar pelo Cadastro da População do Reino, a Comenda de Grândola possuía 245 fogos e 1103 habitantes.

A dependência que tinha em relação a Alcácer do Sal levou a que os moradores pedissem a D. João III Carta de Foral de Vila, que lhe veio a ser concedida em 22 de Outubro de 1544.

Com a passagem de aldeia a vila, e em virtude de uma delimitação geográfica aquando da criação da Comenda, ficou o novo Concelho com uma área territorial que abrangia, além da freguesia de Grândola, as freguesias de Azinheira dos Barros, S. Mamede do Sadão e Santa Margarida da Serra.

No que se refere à sua organização político-administrativa, dependia da Comarca de Setúbal e tinha alcaide pequeno, procurador, dois juízes ordinários, três vereadores, dois almotacés e alguns quadrilheiros.

A população dedicava-se à agricultura e à pecuária, sendo de referir, como atividades económicas importantes, a moagem - efetuada em cerca de 12 azenhas e moinhos - a produção do vinho, a olaria, a tecelagem e a caça.

Desta época restam alguns testemunhos: edifícios, brazões e o próprio arquivo histórico da Câmara Municipal, que constituem registos inestimáveis para o estudo e compreensão dos últimos séculos da história e evolução do Concelho.

Em 1679 fundou-se em Grândola um Celeiro Comum para fazer empréstimos de trigo a lavradores pobres, passando a Celeiro Municipal aquando da implantação da República.

Em 1727 fundou-se o Hospício de Nossa Senhora dos Anjos para os Agostinhos Descalços.

A paróquia foi primeiramente um priorado - com um prior e dois beneficiados, todos frades de Santiago e providos pelo respectivo Mestre desta Ordem. Mais tarde, essa apresentação e provisão passaram a pertencer ao arcebispo de Évora.

O Séc. XIX, em Grândola, é uma época de franco progresso. Em 1890 foi-lhe concedida uma série de benefícios tendo-se tornado comarca. Em finais do século passado, em virtude de uma nova delimitação administrativa territorial, passou a integrar a freguesia de Melides, que abrangia os territórios de Melides, Carvalhal e Tróia. Economicamente, prevaleceu a agricultura e, a par desta atividade, surgem pequenas unidades transformadores de cortiça.

A evolução económica e demográfica concelhia pautou-se por um crescimento, desde 1864 até 1950, ainda que de forma diferenciada.

Até ao início do Séc. XX houve um crescimento ténue, baseando-se essencialmente na proliferação de pequenas indústrias de transformação da cortiça, situadas na sua maioria na vila de Grândola.
Scope and content
Inclui a série: Registo de movimento de presos à ordem da autoridade administrativa.
Arrangement
Classificação orgânico-funcional.
Language of the material
Português
Other finding aid
PORTUGAL. Arquivo distrital de Setúbal-DigitArq [Em linha].Setúbal: ADSTB, 2009- .[Consult. 12 jan. 2012]. Atualização diária. Disponível em WWW:URL:http://adstb.dglab.gov.pt.
Creation date
03/11/2009 00:00:00
Last modification
06/11/2017 12:32:45